É agosto o mês do desgosto?

O mês de agosto é popularmente conhecido como o mês do desgosto. O interessante é que essa superstição é comum a diversas nações. Na Argentina, por exemplo, não é recomendável lavar a cabeça durante este mês, pois atrai a morte. Já em Portugal, no período da expansão marítima as mulheres não se casavam, visto ser a época em que os navios zarpavam em busca de novas terras, o que elevava consideravelmente as chances de ficarem viúvas. No Brasil não são poucos aqueles que dizem que um idoso enfermo dificilmente atravessa o mês do desgosto com vida.

Para alguns evangélicos ver um gato preto numa sexta-feira de agosto é mal pressagio. Para outros, passar debaixo de uma escada ou defrontar-se com um despacho de macumba numa encruzilhada é atemorizante. Há ainda aqueles que têm medo de olho gordo e por isso deixam a Bíblia aberta no salmo 91 visando afastar a inveja e maldade de suas casas e trabalho.

Pois é cara pálida, infelizmente parte dos cristãos tupiniquins se tornaram extremamente supersticiosos, isto porque, cada vez mais usam e abusam do galho de arruda, do sal grosso, além de uma quantidade inimaginável de óleos ungidos e bibelôs. Ora, ser evangélico e ao mesmo tempo supersticioso é estar fadado a uma vida neurótica e frustrada. Além disso, é uma enorme contradição, simplesmente pelo fato de que as raízes históricas e teológicas do protestantismo sempre foram contra toda e qualquer manifestação supersticiosa. Aliaís, vamos combinar uma coisa? Agosto é um mês como qualquer outro e nada mais.

Cristo nos libertou das mandingas e superstições descabidas que povoam o imaginário popular. Somos de Deus e vivemos para Deus e o maligno não pode nos tocar.

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