Sionismo e Sionismo Cristão



SIONISMO

 O sionismo foi o movimento que impulsionou a decisão da criação de um Estado independente para os judeus no território palestino. Com a realização do Primeiro Congresso Sionista, em 1897, os sionistas marcaram seu nome na história. Sion é uma colina de Jerusalém que deu origem ao termo.

Com aspirações nacionalistas, os sionistas pregavam que, na Bíblia, existia uma área chamada Canaã, que seria o território de Israel. O nome mais importante entre o grupo foi Theodor Herzl, judeu de origem húngara que fundou o movimento. Ele publicou a obra “Estado Judeu”, livro que apresentava um programa com o qual poderia ser resolvida a questão dos judeus. A obra começa a ganhar diversos adeptos, entre eles, Max Nordau, que começou a divulgar as ideias de Herzl e difundir seus conceitos na Europa.

Entre os principais objetivos dos sionistas no Primeiro Congresso Sionista Mundial, podem ser citados: afirmação dos judeus por esforço conjunto, colocando em destaque a questão judaica, e a continuidade histórica dos judeus e sua fatal de identificação com a Palestina.

Outro episódio que deu maior sustentação para o movimento sionista foi a Declaração de Balfour, realizada pelo lorde inglês Balfour e que favorecia a criação do Estado de Israel como um lar nacional para os judeus na Palestina. Outro fator decisivo foi a autorização dada pela Liga das Nações em 1922.

A maior realização sionista foi a efetiva criação do Estado de Israel. Porém, com a fundação deste território, tiveram início os conflitos entre palestinos e judeus. Estes embates foram ampliados durante os anos 30, quando ocorreu um imenso processo de emigração de judeus perseguidos pelo nazismo, que encontraram refúgio em Israel. Até hoje, esta questão ainda não foi solucionada.

De acordo com Vladimir Jabotinsky, líder sionista, no livro “A muralha de ferro”: “Não cabe pensar em uma reconciliação voluntária entre nós e os árabes, nem agora nem num futuro previsível, Todas as pessoas bem intencionadas, salvo os cegos de nascimento, compreenderam há muito a completa impossibilidade de se chegar a um acordo voluntário com os árabes da Palestina para transformar a Palestina de país árabe em um país de maioria judia. (…) Tente achar ao menos um exemplo de colonização de um país que aconteceu com o acordo da população nativa”.

Fontes:
http://sionismo.net/
http://www.infopedia.pt/$sionismo
http://www.cprepmauss.com.br/documentos/declaracaodebalfourde191789221.pdf
http://www.midiaindependente.org/pt/green/2004/02/274417.shtml


 
 
 
 
Sionismo, Israel, Mossad e terroristas na Síria.

São muitas as notícias que ultimamente aparecem nos meios de comunicação de todo o mundo sobre o envolvimento dos serviços secretos de Israel – Mossad – no recrutamento e envio de terroristas para Síria.


O diário argelino ‘Al-Fadjr’, na sua edição de 20 de junho de 2013, revelou que grupos extremistas financiados pelo Mossad, estão recrutando jovens argelinos para enviá-los a Síria para combaterem juntamente com outros grupos terroristas, incluindo Al-Qaeda. Estes grupos terroristas espalham o terror junto da população civil e lutam contra as forças governamentais do presidente Bashar al-Asad.

Segundo o citado diário, as forças de segurança argelinas realizaram investigações junto dos elementos radicais que ultimamente estão entrando pelas fronteiras desse país e descobriram que os serviços secretos de Israel – Mossad – estavam reunindo voluntários para os enviar a combater em Síria.

Mossad e terroristas na Síria

Também as autoridades de Marrocos acabem de revelar que centenas de jovens partiram daquele país para se reunirem com as bandas armadas que operam em Síria.

São já dezenas de milhares os mercenários estrangeiros em Síria, oriundos de 46 países.

Esta boa relação entre o Mossad e terroristas na Síria não é novidade para ninguém. Não será por acaso que o regime sionista nunca foi alvo de ataques dessa banda terrorista… Também têm sido frequentes as mensagens de agradecimento de alguns grupos armados na Síria a Israel.

Recentemente, um grupo terrorista deu o seu aval à intervenção das forças israelenses (israelitas, em português europeu) no país árabe.

Abu Yafar, porta-voz dum grupo armado que espalha o terror em Síria, declarou ao canal “Al Yazira” que a sua banda deu luz verde para a entrada das forças armadas de Israel em Síria. Segundo o diário israelense Yediot Aharonot, esse grupo terrorista opera em Quneitra, entre Síria e os Montes Golã.

“Nós não lutaremos contra Israel”, declarou Abu Yafar.

No dia 19 de junho, o presidente de Israel, Shimon Peres, em entrevista à agência Reuters, apoiou a iniciativa dos EUA de fornecer armas aos grupos terrorista que operam na Síria. “os EUA não têm outra opção que armar os rebeldes”, declarou.

Em maio deste ano, Israel lançou um ataque com mísseis contra o centro de investigação científica de Jamraya, perto de Damasco. Anteriormente, a 30 de janeiro, o referido complexo foi alvo de um ataque aéreo israelense (israelita, em português europeu), do qual resultou a morte de duas pessoas e cinco outras ficaram feridas.
 
 

Guerra contra o terrorismo! Geoestratégia da Nova Ordem Mundial Sionista.
A III Guerra Mundial começou em 2011, mas poucos foram conscientes disso. No dia 11 de setembro de 2001, um comando terrorista do Mossad israelense (israelita, em português europeu) com o apoio dos serviços secretos norte-americanos e da agência privada de segurança dos edifícios atingidos, executou a demolição controlada das Torres Gémeas do World Trade Center de Nova Iorque, demolição disfarçada e encoberta após o impacto de dois aviões Boeing 747, teledirigidos de terra. Da noite para o dia, esse atentado de falsa bandeira mudou o mundo. Tal como o afundamento do Lusitânia em 1915 e o bombardeamento de Pearl Harbor em 1941, o 11 de setembro permitiu a entrada dos EUA numa guerra de alcance mundial.

O atentado foi atribuído a um novo todo-poderoso inimigo, Al Qaeda, organização terrorista dirigida por um agente da CIA – Osama Bin Laden – que tinha organizado a resistência contra a ocupação soviética em Afeganistão, nos anos 80. Em 2001, Bin Laden era um homem moribundo, com um câncer nos rins, tendo por esse motivo falecido em dezembro daquele ano num hospital da CIA no Cairo. Deixou vários vídeos gravados e assim prestou o seu último serviço à Nova Ordem Mundial Sionista. Mais tarde, quando foi necessário uma maior presença de Bin Laden na mídia, foi substituído por duvidosos duplos – era difícil imitar a especial fisionomia de Bin Laden – pelo que desapareceu durante anos. Osama morreu oficialmente em 2 de maio de 2011, no seu suposto refúgio de Abbottabad, no Paquistão. O seu cadáver jamais foi visto. Foi absurdamente lançado em alto mar desde um navio norte-americano, para que ninguém podesse comprovar que a sua segunda morte foi uma representação.

Grande Israel

Três meses antes do 11 de setembro, o magnate judeu sionista Larry Silverstein adquiriu as Torres Gémeas, fez um seguro contra atentados terroristas e ganhou muito dinheiro com o projeto de reconstrução de outro judeu, o arquiteto Daniel Libeskind. Assim são os sionistas: um bom plano geoestratégico para a implantação da Nova Ordem Mundial Sionista deve começar por dar bons benefícios econômicos aos implicados. Todos recordamos a Silverstein ordenando por telefone: “Pull it down!”, referindo-se ao edifício WTC 7, que não foi impactado por nenhum dos aviões, mas cuja destruição forçada era perfeita para arredondar o seu negócio especulativo. A evidência de que se tratou de uma demolição controlada foi certificada por centenas de arquitetos e engenheiros de todo el mundo, os quais analisaram meticulosamente os cálculos e a estrutura do edifício, comprovando que o impacto dos aviões teria sido perfeitamente assumido pela magnífica estrutura de aço preparada para resistir a furacões da máxima severidade; e que os incêndios provocados pelo combustível das aeronaves seriam absolutamente inócuos para os edifícios, por não terem alcançado os 750º Celsius, como evidenciou a cor das chamas. Mas a verdade para o povo norte-americano, esse rebanho de focas enfermas de obesidade mórbida e moleza intelectual, é a que ouvem na FOX, CNN, NBC, ABC e na restante mídia sionistas, que representa cerca de 96% do total dos meios de comunicação, controlados por apenas seis famílias sionistas.

Após o atentado, depois de uma intensa manobra propagandística, o Congresso dos EUA aprovou a Patriot Act, que suspendeu direitos fundamentais da cidadania norte-americana. E a base militar de Guantánamo preparou-se para receber e torturar milhares de prisioneiros [...] a III Guerra Mundial ainda se encontra nos preliminares.

Os EUA levantaram-se em pé de guerra total “contra o terrorismo” a finais de 2001. As primeiras ações de guerra iniciaram-se de imediato: Os EUA invadiram o Afeganistão com a desculpa de que Osama Bin Laden estava escondido em alguma cova perdida no Hindukush. Na realidade, com a invasão bloqueava a passagem ao transvase de petróleo desde o Irã para a China, cujo oleoducto encontrava-se em projeto. Quando os democratas do Congresso manifestaram os seus protestos perante a escalada de violência guerreira do governo Bush em outubro de 2001, receberam umas quantas cartas com antrax. Mais tarde se descobriu que o antrax provinha dos United States Army Biological Warfare Laboratories de Fort Detrick, en Maryland.

Seguiu-se a invasão do Iraque sob a hipótese de que o seu outrora aliado, Saddam Hussein —que armado pelos EUA combateu contra o Irã post-Xá, desde 1980 a 1988— possuía armas de destruição massiva que iria utilizar em breve. Contra quem? Não contra os EUA, a 10.000 km de distância, mas contra Israel. Demonstrou-se então que tais armas não existiam, que tudo era outra escandalosa mentira da CIA, mal assessorada pelo Mossad. Mas o país onde se diz que Deus situou o Paraíso terrestre foi arrasado, todas as suas riquezas culturais destruídas ou saqueadas, e ainda hoje, mais de uma década passada, o país não ergue a cabeça porque os atentados terroristas acontecem diariamente.

Para empurrar os países aliados para a guerra pelo petróleo, os atentados de falsa bandeira repetiram-se a 11 de março de 2004 em Madrid e em 7 de julho de 2005 em Londres, todos eles executados pelo Mossad com o apoio da OTAN.

Desde então, todos ls países árabes ou muçulmanos produtores de petróleo, desde Líbia até Síria, foram atacados pelos EUA ou por forças da OTAN, excepto Irã e os países aliados dos EUA, como Arábia Saudita. Muitas vezes, as provocações do famigerado estado sionista de Israel serviram de pretexto para a seguinte invasão do Império. Também foram atacados mediante atentados terroristas de falsa bandeira países como a Noruega, por se terem negado a bombardear a Líbia.

A III Guerra Mundial está em movimento e é uma guerra total. A posição da Rússia e China é fundamental. Em qualquer momento pode desencadear-se uma guerra nuclear aberta. Israel lançou uma bomba atômica táctica de baixa potência sobre Damasco e ameaçou plantar um cogumelo nuclear sobre Teerã em diversas ocasiões. Já lançou bombas convencionais contra instalações nucleares iranianas e preparou uma operação para bombardear a central de Natanz, onde se especula que milhares de centrifugadoras produzem urânio enriquecido, bem como as instalações de Eshafan e o reator de água pesada de Arak.

Atualmente, as forças da OTAN apoiam a guerra de Al Qaeda contra o regime sírio de Al Assad mediante o fornecimento de armas e equipamento. Quer dizer, estão apoiando e armando o seu suposto inimigo, Al Qaeda, tal como fizeram na Líbia, demostrando o utilitarismo do conceito do terror global e que Al Qaeda é, na realidade, una horda de mercenários a soldo do Ocidente para arrasar a parte do mundo muçulmano cujo subsolo é abundante em bolsas de crudo de fácil extração. E com mais fúria quando se trata de territórios que os sionistas consideram como próprios do Grande Israel, por direito divino.

Se as forças da OTAN ainda não bombardearam o território sírio, tal como fizeram em Líbia, é porque a Rússia colocou nesse país dezenas de mísseis S-300. Síria é o cenário atual da guerra entre dois blocos: o Império Judeu-Euroamericano e a resistência russo-comunista às quais se juntaram forças tão heterogêneas com Hezbolah ou efetivos do exército iraniano. Rússia não necessita do petróleo do Médio-Oriente, mas não pode tolerar a ocupação ocidental à volta das suas fronteiras. Os EUA mostraram as suas piores intenções armando o governo de Georgia durante a crise de Osetia, inclusive combatendo sobre o terreno havia efetivos do exército regular norte-americano e britânico, com muitas baixas e prisioneiros. Putin não baixará a guarda desta vez.

Nesta escalada de tensão é crucial o lançamento por parte de Israel de uma bomba de penetração de elevada eficácia, uma cabeça nuclear táctica de dois kilotonnes, a primeiros de maio de 2013 nas proximidades Damasco(*). O presidente Netanyahu referiu-se ao inqualificável ato de guerra como um “ataque preventivo para a eliminação de armas de destruição massiva”. Uma vez mais o mesmo subterfúgio, que voltou a repetir-se faz poucos dias quando se mostraram terroristas da Al Qaeda sob os efeitos de gás sarin procedente de Turquia. Nova ficção como justificação de ataques ulteriores. Mas o ataque a Damasco parece ter-se voltado contra eles. A prova é a adesão de Hezbollah à causa de Al Assad. Netanyahu parece acreditar que pode atacar territórios árabes sem que os povos árabes da zona, inclusive os inimigos do regime sírio, reajam. Ou é um gesto calculado para obrigar os EUA a intervir perante tais alianças?

Não é a primeira vez que se utilizam bombas nucleares tácticas, de potência variável, na zona: durante a Primeira Guerra do Golfo, os norte-americanos lançaram uma bomba nuclear de 5 kilotonnes entre Basora e a fronteira do Iraque. Insistimos em que o bombardeio das instalações perto de Damasco foi um ataque nuclear, apesar da mídia oficial não o mencionar. O duro ataque foi uma represália pelo afundamento dum submarino israelense (israelita, em português europeu) com equipamento nuclear, de construção alemã, devido a cargas de profundidade lançadas desde uma lancha da patrulha naval Síria.

O descaramento dos Estados Unidos e de Israel não têm limites. Estão ambos predispostos para a guerra, empurrados pela ruína econômica do império do dólar. Entretanto, Moscovo e Pequim compram todo o ouro possível nos mercados internacionais, não fazendo caso das manipulações do seu preço pelos banksters londinenses. Conhecem a sua capital importância no pós-guerra, quando as moedas fiduciárias perderem o seu valor.

O único travão a toda esta loucura seria que o próprio governo de Obama se assuste perante uma escalada de tensão que não esperava: a Rússia assumiu que a guerra mundial é inevitável, leva uma década construindo refúgios nucleares e se está preparando para a batalha: colocou dezenas de silos de mísseis de cruzeiro S-300 em território sírio, e destacou para as suas fronteiras dezenas de milhares de efetivos, várias divisões acouraçadas e destacou submarinos, fragatas e um porta-avião para a costa síria, bem como vários submarinos nucleares no hemisfério sul. Mas a política de apaziguamento de Obama a Israel não funcionou. Faz um ano, Obama ofereceu garantias ao lobby sionista de que Irã não conseguiria armas nucleares. Mas isso já sabia Sião. E não é isso que lhe importa. Querem levar para a frente o projeto do Grande Israel, a qualquer preço, pelo que oferecem ao néscio Golias yankee o petróleo barato da zona. E o néscio Golias acaba de colocar uma divisão de marines na fronteira entre Síria e Jordânia. Entretanto, a Rússia dispõe-se a colocar “forças de interposição apaziguadoras” na fronteira entre Síria e Israel.

Estão os sionistas loucos? De momento parece que estão perdendo a batalha de Síria. Mas os judeus sempre acreditaram que, sob a proteção do seu deus, Jehová, a vitória é para os ousados e que o fim justifica os meios: a mentira permanente, a guerra, a estafa, o genocídio, a manipulação mediática, o que quer que seja. Tudo vale a pena para fazer realidade esse Grande Israel que abarcará desde o Tigris à península Arábica, toda a Síria, meio Iraque, toda a Jordânia, parte do Kuwait que lhe dará saída ao Golfo Pérsico e uma parte do Egito que chega até o Cairo. Quer dizer, todo o cenário bíblico precorrido pelo povo de Israel, desde a morada de Adão e Eva ao Êxodo do Egito cruzando o Mar Vermelho e terminando em Jerusalém. Tudo isto é produto duma alienação mental colectiva ou algo perfeitamente possível?

A economia de guerra impõe-se no mundo. Assim se explica a intencionada e absolutamente evitável crise econômica provocada pelas Finanças Internacionais, como elemento prévio para forçar a guerra. Os acomodados são sempre pacifistas. Os arruinados, carne para canhão. As armas estão prontas. Os cadáveres desta III Guerra Mundial seremos nós, as populações do mundo inteiro. Se os falcões norte-americanos impõem o seu critério ao de Obama, coisa mais que provável, dada a influência que sobre eles têm os lobbies judeus norte-americanos e que 70% dos funcionários que rodeiam Obama são judeus sionistas, vamos a morrer que nem percevejos pulverizadas com Zyklon B. E o pior de tudo é que, em virtude da pouca ou nenhuma atenção que o mundo presta a todos estes acontecimentos, não nos vamos nem dar conta, morreremos enquanto vemos qualquer programa-lixo na televisão. Não se perderá demasiado com isso, excepto os muitíssimos mortos da Raça Superior, que acudirão pontuais ao seu Holocausto particular —”sacrifício a Jehová de corpos de vítimas incinerados até ao consumo total”— no território do atual Israel. É o que têm algumas grandes mentiras universais: mais tarde ou mais cedo tornam-se realidade.
 

 
SIONISMO CRISTÃO
 



Segundo alguns autores que discorrem sobre o Sionismo Cristão, entre eles Stephen Sizer, o movimento moderno pode ser compreendido mais claramente através do conceito de dispensacionalismo, ou seja, pela crença de que o ser humano deverá atravessar sete eras de provações divinas que desembocarão no Armagedón – confronto final entre Deus e a Humanidade, o qual será desencadeado no mítico Monte Megido, próximo ao Rio Eufrates – e no segundo advento do Messias.

Este ideal inspira os chamados sionistas cristãos, ala ideologicamente conservadora. Esta associação lobista conjuga comunidades, instituições e pessoas que exercem vasta ascendência sobre os governantes das nações do Ocidente, com o objetivo de angariar a necessária proteção para que, assim, possam concretizar suas aspirações sionistas, abrigadas na concepção ultranacionalista judaica que sustentam, não somente em Israel, mas em todas as partes do Planeta.

Neste jogo o povo judeu e o moderno Estado de Israel desempenham uma performance significativa, tanto quanto o sionismo – corrente política global que defende a construção de uma pátria para os israelitas no território israelense – e o dispensacionalismo. Esta corrente é especialmente forte na Grã-Bretanha, país no qual o movimento dispensacionalista se desenvolveu e o sionismo cristão foi defendido por ícones do poder como Lord Shaftesbury, Lord Arthur Balfour e Lloyd George, e nos Estados Unidos, que deu impulso a estes ideais principalmente a partir da liderança de George Bush na Casa Branca, nos anos 90, que deu maior poder ao movimento neoconservador nesta nação.

Para os adeptos desses movimentos, o povo de Israel é movido por vaticínios, votos e sinas distintos dos que guiam a Igreja, e Deus ratifica todas as ações praticadas pelo Estado de Israel. Por esta razão, todas as realizações israelitas deveriam ser sustentadas e glorificadas pelo restante do mundo, principalmente porque eles são o povo escolhido, os líderes do Reino Divino. Assim, os que reconhecerem seu poder serão abençoados pelo Senhor.

Segundo esta concepção, os hebreus detêm o direito divino sobre o território que configura o Oriente Médio, Jerusalém é a sede político-administrativa apenas dos judeus, o Templo deve ser reedificado, os árabes são os adversários dos que crêem em Deus e o final do mundo virá junto com a guerra final conhecida como Armagedón, e todos os que estiverem ao lado dos israelitas continuarão a viver.

Esta corrente religiosa está enraizada na Reforma Protestante, que deu às Sagradas Escrituras um teor literal ao inserir seu conteúdo em um painel histórico contemporâneo. Sua escatologia – pretensa ciência das coisas que irão suceder após o fim do mundo -, que se tornou preponderante nos Estados Unidos no fim do século XVII, adotou recentemente uma feição pós-milenarista quando passou a disseminar a ideia de que a conversão judaica atrairia para toda a Humanidade a graça divina.

Embora o lobby sionista englobe principalmente adeptos de procedência judaica, ele também abriga membros do movimento protestante fundamentalista dos Estados Unidos e da nação britânica. A principal instituição norte-americana com este perfil é o AIPAC – American Israel Public Affairs Commitee (Comitê de Assuntos Públicos EUA-Israel), associação que detém extremo poder neste país.

A presença de alguns setores evangélicos neste movimento se explica por sua crença em que Jesus só retornará à Terra quando os hebreus estiverem estabelecidos em Israel, particularmente em Jerusalém. Fortalecer o sionismo cristão, portanto, precipitaria este evento, e confirmaria os desígnios divinos, segundo os quais Israel deve ser o núcleo central do governo universal, que seria então instituído, após o cumprimento das profecias bíblicas.

 

 Paula Jordem