O FUTURO DA HUMANIDADE ESTÁ CONDICIONADO A DESCOBERTA DE UM NOVO PLANETA?





O brilhante físico Stephen Hawking afirmou recentemente que o custo ambiental para a manutenção de nossa civilização aliado aos riscos gerados pelo próprio progresso científico certamente provocará um desastre em escala planetária, mas ele acredita que se a humanidade sobreviver por mais algum tempo, poderemos expandir nossa civilização para o espaço.

A Veja veiculou em de Abril deste ano a seguinte notícia:

O físico Stephen Hawking apresentou em Nova York um ambicioso projeto de exploração espacial apoiado pelo bilionário russo Yuri Milner e pelo criador do Facebook, Mark Zuckerberg. A missão prevê um novo e minúsculo modelo de sonda com a qual se pretende alcançar o sistema estelar mais próximo ao nosso, Alfa Centauro. Se a iniciativa for bem sucedida, os cientistas poderão determinar se o sistema formado por três estrelas tem um planeta parecido com a Terra, capaz de sustentar a vida como conhecemos. “Para sobreviver como espécie, devemos nos dirigir às estrelas, e hoje nos comprometemos com o próximo grande avanço do homem no cosmos”, disse Hawking em entrevista coletiva em Nova York.

Quando cientistas esperam encontrar um planeta em condições de abrigar a vida existente hoje na terra, estão falando de uma relação do planeta com seu sol, muito próxima da que existe em nosso sistema solar. Precisamos encontrar um sistema solar com uma estrela amarela (emissão máxima de radiação na faixa do amarelo), massa, temperatura e brilho semelhantes ao nosso sol. Esta estrela não pode fazer parte de um sistema com outras estrelas, pois provocaria graves interferências gravitacionais, além de perturbações danosas como consequência da emissão de radiação de cada uma delas.

Nosso sol é uma estrela tipo espectral G de idade, massa, temperatura e brilho médios. A faixa de radiação luminosa emitida com mais intensidade está compreendida entre 5000 Å e 5700 Å, a faixa de luz do amarelo. Do espectro emitido pelo sol, somente a faixa compreendida entre 3500 Å e 7000 Å (luz visível), atinge a superfície da terra. O restante fica retido na atmosfera, por uma série de fatores, caso contrário não existiria vida na terra. A faixa do visível tem a quantidade de energia suficiente para manter a temperatura do planeta em condições ideais para a manutenção dos sistemas biológicos.

O planeta em questão precisa ocupar uma órbita na sua estrela na mesma faixa de distância da órbita da terra com o sol. Ter tamanho aproximado ao da terra para ter a mesma força gravitacional. Possuir um sistema de proteção atmosférica que permita somente a chegada da faixa do visível a sua superfície. Os gases presentes na atmosfera precisam ter os mesmos componentes da nossa e em proporções semelhantes. Muita água, e composição química do solo em condições de receber as sementes que levaremos. Olha que esta é uma visão bem simplista da realidade. Existem outros fatores importantes que não mencionamos tais como: relevo; atividade vulcânica; atividade tectônica; ventos; quantas luas orbitam tal planeta; se tem estações bem definidas e outros elementos determinantes para a gênese planetária.

Os telejornais noticiaram no dia 12 de Agosto que Astrônomos europeus descobriram um planeta semelhante a terra no sistema solar de Alfa Centauro. O planeta está a 4,3 anos-luz de distância, tem massa e tamanho semelhantes ao da Terra. Está orbitando ao redor da estrela Alfa Centauro B, de tipo espectral K, cuja emissão máxima de luz está compreendida entre 5700 Å e 6000 Å, a faixa do Alaranjado e faz parte de um sistema estelar composto por três estrelas.

Apesar ter sido criado uma enorme expectativa em torno da notícia, ela não retrata a realidade dos fatos. Na verdade, o tal planeta é muito diferente da Terra, pois está, somente, a seis milhões de quilômetros da estrela Alfa Centauro B (a terra está a cerca de 150 milhões de quilômetros do nosso sol). O ano deste planeta tem a duração de 3,2 dias terrenos. A temperatura na sua superfície chega a 1.200°C. Trata-se de uma verdadeira bola de fogo. Além do mais, trata-se de um sistema com três estrelas, existe uma confusão letal provocada pela interação de suas radiações.


Foi realizado um enorme esforço para passar a idéia de que basta descobrir um conjunto planeta/sol em condições semelhantes aos encontrados em nosso sistema solar, que o problema da transferência da vida existente na terra estaria resolvido. Vamos imaginar que seja encontrado um planeta nos arredores do nosso sistema solar. Não pode ser muito distante, já que estamos tratando com distâncias em ano-luz. As estrelas mais próximas não possuem sistema solar com planetas nas condições mínimas exigidas. Estamos falando de distâncias que podem chegar a dezenas, centenas e até milhares de anos-luz. Como vamos chegar lá, se não possuímos naves nem tecnologia para empreender tal viagem? Mas aí, alguém poderia dizer: esta é uma situação que enfrentaremos num futuro remoto, e quando a ocasião se apresentar teremos as naves e a tecnologia.

A solução não é tão simples assim. Mesmo que no futuro tenhamos capacidade de construir naves com sistemas de propulsores capazes de nos transportar a grandes distâncias, estamos tratando de distâncias em anos-luz. As naves, mesmo com toda tecnologia possível ainda seriam de matéria, de material sólido. Por serem de matéria, a velocidade destas naves seria muito distante da velocidade da luz. O princípio da relatividade de Einstein impõe limites físicos para que corpos de matéria atinjam velocidades compatíveis com a da luz. Precisamos ser honestos e admitir que enquanto tivermos um corpo de matéria, um corpo físico e naves de material sólido, não poderemos empreender viagens distantes, da ordem de grandeza do ano-luz. Viagens nos limites de nosso sistema solar com uma nave e um corpo de matéria, como as realizadas até a estação em órbita da terra, são possíveis. Além dele, não. Precisamos entender que este nosso corpo de matéria nos impõe limites que não podemos ultrapassar. Portanto, viagens pelo universo profundo em corpos humanos compostos de elementos químicos, de matéria, estão fora de questão. Impossível, sem chance. Utopia.

Existem problemas mais graves do que catástrofes ambientais globais provocadas por impactos com meteoritos, feixe de raios gama proveniente de uma estrela moribunda, mega explosões solares, super vulcões, mega tsunamis, deslocamento total da crosta terrestre ou uma guerra nuclear global. Não tenho dúvidas que tais eventos, provocariam um caos inimaginável que nem mesmo em nossos mais tenebrosos pesadelos poderíamos imaginar. Mas, não seria o fim da humanidade, sempre haveria um grupo aqui outro ali que sobreviveria.

O nosso sol, num futuro remoto, se transformará numa gigante bola vermelha, engolindo os planetas Mercúrio e Vênus e calcinando a Terra. Nosso planeta se transformará numa bola de fogo. Será a extinção da vida na Terra. E, num futuro, ainda mais distante, o próprio universo ficará totalmente frio e sem vida sob os efeitos da entropia. Será a morte térmica do cosmo. Não há como escapar. De um modo ou de outro, a vida como conhecemos hoje será extinta como consequência da morte do universo.
A boa notícia é que o Criador já se antecipou e solucionou este problema. No livro de Apocalipse está registrado o seguinte:

Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. (Apocalipse
21: 1)

Resta-nos saber como chegar ao novo céu e a nova terra? Jesus questionado pelos seus discípulos como poderiam chegar ao local que estava sendo preparado para eles, responde:

Respondeu-lhes Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. (João 14: 6)

Jesus torna-se nosso caminho quando cremos que Ele é o Filho de Deus. Neste momento, nós também, nos tornamos filhos de Deus e herdeiros das gloriosas moradas celestiais.
Então, dirá o Rei aos que estiverem a sua direita: Vinde benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. (Mateus 25: 34)

Autor: José Paulo Vieira

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