"Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão." (Mateus 24:35)
Cristão x Conservador - Muitas pessoas perguntam se tem diferença entre uma coisa e outra, ou se cristão tem que ser conservador, ou se alguém pode ser conservador sem ser cristão.
Vamos lá!
Muitos cristãos da atualidade não podem nem ouvir o termo “conservador”. Associam-no a farisaísmo, legalismo, fanatismo e posturas extremistas quanto a usos e costumes. Pensam que o conservador é aquele crente retrógrado, inimigo de tudo o que é novo, que parece viver em seu “mundinho”, como se pertencesse a uma religião ascética (cf. Cl 2.23, ARA). Entretanto, à luz da Palavra de Deus, todo salvo em Cristo deve ser conservador. Por quê? Porque conservar, do ponto de vista bíblico, não significa ter uma falsa santidade, estereotipada, que faz dos usos e costumes a causa, e não o efeito. Antes, implica observância à sã doutrina, a qual nos leva a ter santidade interna e externa.
Quando Jesus Cristo discorria no Sermão da Montanha sobre os últimos acontecimentos que antecederiam a sua volta, ele deixou claro que seus discípulos deveriam ser mais cautelosos com os falsos pregadores e mestres, para que ninguém os enganasse com ensinamentos não bíblicos. Um dos maiores sinais da volta de Cristo é o abandono do conservadorismo, prática que está sendo largamente aceita hoje nas igrejas. Os sinais são passageiros, mas a palavra de Deus permanece. É isto que Cristo quis dizer quando proferiu a frase que é subtítulo desse artigo.
Se você escolheu ser um cristão genuíno, você escolheu ser conservador. Infelizmente para muitos cristãos hoje em dia essa é uma péssima notícia, porque "o termo 'conservador' denota a adesão a princípios e valores atemporais, que devem ser conservados a despeito de toda mudança histórica. O conservadorismo é um termo usado para descrever posições político-filosóficas, alinhadas com o tradicionalismo e a transformação gradual, que em geral se contrapõem a mudanças abruptas (cuja expressão máxima é o conceito de revolução) de determinado marco econômico e político-institucional ou no sistema de crenças, usos e costumes de uma sociedade." (Wikipédia)
Segundo Ciro Sanches Zibordi, autor do livro "Evangelhos que Paulo jamais pregaria", muitos cristãos da atualidade não podem nem ouvir o termo “conservador”. Associam-no a farisaísmo, legalismo, fanatismo e posturas extremistas quanto a usos e costumes. Pensam que o conservador é aquele crente retrógrado, inimigo de tudo o que é novo, que parece viver em seu “mundinho”, como se pertencesse a uma religião ascética. Entretanto, à luz da Palavra de Deus, todo salvo em Cristo deve ser conservador. Por quê? Porque conservar, do ponto de vista bíblico, não significa ter uma falsa santidade, estereotipada, que faz dos usos e costumes a causa, e não o efeito. Antes, implica observância à sã doutrina, a qual nos leva a ter santidade interna e externa. Em 2 Timóteo 1.13 está escrito: “Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e na caridade que há em Cristo Jesus”. A Bíblia nos manda guardar, conservar, o que temos recebido do Senhor (1 Timóteo 6.20; 2 Timóteo 1.14). E, para as igrejas da Ásia que estavam agradando ao Senhor Jesus, Ele transmitiu mensagens que implicavam manutenção, conservação (Apocalipse 2.25; 3.11).
Mas, por que muitos não querem ser conservadores? Ser conservador não é apenas ter aparência de piedade (Colossenses 2.20-22), tampouco se isolar da sociedade. Jesus, o Homem mais santo que andou na terra, não se afastava dos pecadores (Lucas 5.32; João 2.1-11). Ele ensinou que a nossa luz deve brilhar em meio às trevas (Mateus 5.16). Ser conservador também denota reter o bem, manter o que é bom, verdadeiro (1 Tessalonicenses 5.21). E sabemos que as verdades da Palavra de Deus são inegociáveis, porém isso não significa que devamos abrir mão das estratégias lícitas de evangelização (1 Coríntios 6.12; 9.22). O verdadeiro conservador não é legalista ou coisa parecida. Ele não é um fanático, um estereótipo de crente, tampouco se opõe a tudo o que é novo (Eclesiastes 7.16,17; 1 Tessalonicenses 5.21). Ele apenas protege a sua cabeça com o capacete da salvação, guardando-a das incertezas e dúvidas provocadas pelo modismo desses últimos dias. (Efésios 6:17)
Por outro lado, o conservador também não é como alguns crentes da atualidade, os quais desprezam o fato de o Senhor atentar para a globalidade do ser humano, pensando que Ele não se preocupa com o nosso exterior. O Senhor olha para a nossa totalidade: espírito, alma e corpo, nessa ordem (1 Tessalonicenses 5.23). Mas, a bem da verdade, enquanto alguns crentes afirmam que têm liberdade para fazerem o que bem entendem, deixando de observar a santificação plena, existem aqueles que consideram tudo pecaminoso. Estes também estão enganados, posto que ignoram o fato de os mandamentos de Deus não serem pesados (1 João 5.3), sendo a sua vontade agradável (Romanos 12.2) e o seu fardo leve (Mateus 11.30). A Palavra do Senhor condena o extremismo (Eclesiastes 7.16,17), inclusive o extremismo político recheado de palavras de ordem. Por isso, as igrejas que se prezam conservam a verdade; guardam e cumprem a Palavra de Deus (João 14.23; Apocalipse 3.8,10). Não são legalistas, exigindo dos seus membros uma santificação inatingível, posto que Deus respeita as nossas limitações, como disse o salmista, inspirado pelo Espírito: “ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” (Salmos 103.14).
Deus deseja que todos os cristãos verdadeiros conservem o modelo das sãs palavras (João 14.23; Apocalipse 1.3; 3.8; Salmos 119.11), a santidade e a pureza (Apocalipse 3.4), a boa consciência (1 Timóteo 1.19; 3.9), a fé (2 Timóteo 4.7,8) e, sobretudo, o poder do Espírito Santo (1 Tessalonicenses 5.19). Mas há uma nova geração, formada por cristãos não-chamados ou desviados da verdade que querem um evangelho fácil, baseado na graça barata, sem mudança exterior, “sem religiosidade”, como dizem. E esses buscam mudanças (Provérbios 24.21) e consideram os cristãos conservadores ultrapassados, retrógrados ou legalistas. Temos visto de um lado cristãos seguidores do legalismo, que condenam pessoas sem misericórdia. De outro, estão aqueles que desprezam a sã doutrina; que “vivem e deixam viver”. Será que os cristãos da nova geração sabem que igreja de Cristo nasceu conservadora? Ah, eles ouviram falar... Mas não querem saber de passado. Eles querem uma igreja moderna, sem limites! Para eles, por que não usar a dança de rua e o funk dentro das igrejas, já que são grandes atrativos para a juventude? E isso já está acontecendo em algumas pseudo-igrejas. Uso esse termo contundente porque tenho convicção de que a verdadeira igreja de Cristo não aceita esses injustificáveis modismos.
Essa nova geração de cristãos não quer ser conservadora. Prefere pregar mensagens de autoajuda, que agradam os ouvidos (2 Timóteo 4.1-5), e não a mensagem da cruz (1 Coríntios 1.18-22). Tais cristãos, em geral muito jovens, mas também neófitos — pois há muitos jovens de valor! —, são insubmissos à Palavra. Entram na igreja, mas a igreja não entra neles. Alguns sequer são eleitos por Deus. Muitos apoiam o abortismo, o gaysismo, o feminismo, o desrespeito às leis e autoridades, dentre outros modismos. Existem aqueles que, se pudessem, alterariam o texto bíblico para adaptá-lo aos seus interesses. Mas para esses está escrito: "Se alguém lhes acrescentar algo [às palavras da profecia], Deus lhe acrescentará os flagelos descritos neste livro. Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na Cidade Santa." (Apocalipse 22:18-19)
Muitos chegam ao absurdo de classificar esses modismos de avivamento. Avivamento não é buscar inovações — ainda que haja boas inovações. Mas, sim, renovação; implica recuperar o que foi perdido, (Lamentações 5.21; 2 Crônicas 29.20-36). Se as igrejas atuais quiserem continuar sendo igrejas que fazem a diferença neste mundo tenebroso, precisam ser conservadoras, equilibradas, biblicocêntricas (Provérbios 4.26,27). Afinal, embora a Palavra de Deus não exija nada além do que de fato possamos fazer, também não ensina as pessoas a viverem uma vida libertina, sem regras. “Faze-me andar na verdade dos teus mandamentos”, disse o salmista (Salmos 119.35).
"Perguntemos pelas “veredas antigas”, a fim de encontrarmos descanso para as nossas almas (Jr 6.16). Avivamento não é buscar inovações — ainda que haja boas inovações. Mas, sim, renovação; implica recuperar o que foi perdido, (Lm 5.21; 2 Cr 29.20-36). Se a Assembleia de Deus e outras denominações quiserem continuar sendo igrejas que fazem a diferença neste mundo tenebroso, precisam ser conservadoras, equilibradas, biblicocêntricas (Pv 4.26,27). Afinal, embora a Palavra de Deus não exija nada além do que de fato possamos fazer, também não ensina as pessoas a viverem uma vida libertina, sem regras. “Faze-me andar na verdade dos teus mandamentos”, disse o salmista (Sl 119.35)."
Ciro Sanches Zibordi
Ciro Sanches Zibordi
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