O direito e o dever de votar



O cidadão brasileiro deve ter tirado uma grande lição daquilo que diz respeito às eleições no País, tanto nas eleições majoritárias como nas eleições proporcionais; a classe política deixou expostas as fraturas representadas pela corrupção no seu mais alto grau, que deixaram os poderes da república um tanto quanto abalados, e, portanto, o que verificou-se foi a total ausência de respeito, de ética, de civismo com as leis do País.
É obrigação de todos nós, enquanto eleitores, pesquisar a vida pregressa daqueles que, fazendo parte de uma agremiação política, formam um grupo de fisiologistas inescrupulosos para associar-se a grupo de empresários bem estruturados que cercam as autoridades eleitas pelo voto ou não para saquearem os recursos oriundos de pagamento de impostos pelos cidadãos de bem.
O Brasil avançou e muito em relação ao direito ao voto, basta verificar que, após a proclamação da República, o voto deixou de ser um privilégio de homens detentores de riquezas e, a partir de então, todos os homens passaram a ter direito ao voto. Contudo, as mulheres continuaram excluídas do processo eleitoral, situação que teve o seu fim a partir de 1932, com a reforma do Código Eleitoral.
Porém, somente a partir de 1988, com a aprovação da nova constituição do Brasil, é que ficou bem definida a utilização do sufrágio universal para a escolha de todos os cargos eletivos, como de vereadores, prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, senadores e presidentes da república. 
Como se vê, conquistamos o direito de votar, porém, o dever de votar ainda encontra resistência por parte de candidatos e eleitores corruptos, que devem ser reprimidos pela sociedade com rigor.
Todo cidadão tem o dever de fiscalizar atos abusivos cometidos por aqueles que almejam o poder para exercer suas influências e locupletar-se, esquecendo do espírito de nobreza que deveria nortear suas condutas em favor do povo e da nação.
Benedito Rodrigues da Costa

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